
Isso foi em 1839. A pilha foto voltaica ficou meio esquecido até que, 50 anos depois, um outro cientista chamado Charles Fritts tentou construir uma "célula solar". Ele pegou uma lâmina feita com um elemento químico chamado selénio e misturou com um pouco de ouro. Não funcionou muito bem, mas Charles estava no caminho certo. Sua invenção era o começo de tudo.
O grande problema era como controlar a electricidade produzida e dar uma organizada na agitação dos electrões. Afinal, os electrões, junto com os protões e neutrões - todos partículas incrivelmente pequenas - estão no começo de tudo: eles é que formam os átomos, que por sua vez são a unidade básica da matéria, quer dizer, unidade básica dos elementos químicos que formam tudo que existe. São as combinações dos átomos que formam as substâncias, como a água, a terra, os tecidos, o vidro, a madeira, o sabão, o macarrão, o chocolate, a pastilha e tudo o mais.
Portanto, para desenvolver a utilização da energia solar, era preciso começar do começo: "domar" os electrões. Isso aconteceu quando um americano chamado Russel Ohl trocou o selénio (usado na pioneira célula solar de Fritts) por silício, o mesmo material dos chips dos computadores. Em 1941, Russel conseguiu produzir uma célula solar que valia a pena ser usada: o silício não esquentava tanto e concentrava mais energia.
As placas solares à base de silício são o principal meio para a captação dessa energia. A invenção de Russel hoje move até satélites!
Nas grandes fábricas solares existem placas enormes que têm muitas dessas células. As placas parecem grandes espelhos que absorvem os raios e são movimentadas como girassóis, acompanhando a trajectória do Sol.Quando a luz solar bate nas placas, os electrões do silício saem em disparada e são levados para os fios de electricidade.

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